Semana da Amazônia reforça o papel da bioeconomia amazônica para o desenvolvimento sustentável global

02/06/2025
Institucional
Compartilhar
Copiar link

Compartilhar

Compartilhar esse link com
Copiar link
Link copiado!
Semana da Amazônia reforça o papel da bioeconomia amazônica para o desenvolvimento sustentável global

Descrição da imagem: Aerial View. Sunset Sky Above Green Forest, Meadow And River Landscape In Sunny Evening. Top View Of European Nature From High Attitude In Summer Sunrise. Bird's Eye View. Belarus.

Compartilhar
Copiar link

Compartilhar

Compartilhar esse link com
Copiar link
Link copiado!

Bruxelas será palco, no próximo dia 3 de junho, da terceira edição da Semana da Amazônia

Bruxelas será palco, no próximo dia 3 de junho, da terceira edição da Semana da Amazônia, um evento que busca conectar a região amazônica ao mercado europeu, promovendo a bioeconomia como modelo de desenvolvimento sustentável global e inclusivo.

A iniciativa, que acontece num momento crucial de preparação para a COP30, que será realizada em Belém do Pará em novembro de 2025, evidencia a relevância da Amazônia no debate internacional sobre o clima, na proteção da biodiversidade e no fomento do desenvolvimento sustentável. Durante a programação, será possível conhecer casos concretos e histórias de sucesso da sociobioeconomia amazónica.

O evento, que terá lugar no Thon Hotel EU, é organizado pela Missão do Brasil junto à União Europeia, em parceria com postos diplomáticos do Brasil, com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), com o Instituto Clima e Sociedade (iCS) e com o Instituto Paulo Martins.

O encontro ocorre logo após o Fórum de Investimentos Brasil-Europa em São Paulo e a visita oficial do presidente do Conselho Europeu, António Costa, ao Brasil — refletindo a crescente atenção internacional à pauta amazônica.

Bioeconomia no centro do debate

A programação de 3 de junho será dividida em dois painéis principais:

14h30 - 15h45 | Mudanças climáticas, florestas e a bioeconomia amazônica: desafios para a COP30

O painel reunirá especialistas para discutir sobre o desmatamento, que representa até 15% das emissões globais de gases de efeito estufa, e como a vulnerabilidade das florestas às mudanças climáticas impacta diretamente a Amazônia. O objetivo será explorar as interconexões entre as tendências climáticas, ambientais e econômicas, com foco nos três pilares do desenvolvimento sustentável: sustentabilidade social, econômica e ambiental.

16h15 - 17h30 | Da Proteção Florestal ao Comércio Sustentável: Potencializando a Bioeconomia da Amazônia para Além de Suas Fronteiras

O painel estará centrado em como a biodiversidade da Amazônia pode apoiar o desenvolvimento sustentável por meio de uma bioeconomia sustentável e inclusiva. Com base nos esforços de proteção florestal, destacará a transformação do conhecimento local e dos recursos naturais em produtos de

valor agregado que possam alcançar mercados globais sob os princípios do comércio sustentável e da responsabilidade ambiental.

Os principais temas incluem a ampliação do acesso ao mercado para produtos de origem florestal, o investimento na capacitação de comunidades locais e o estímulo à inovação e pesquisa científica. O painel também sublinhará como a cooperação internacional pode apoiar cadeias de valor equitativas, permitindo que a Amazônia contribua significativamente tanto para o desenvolvimento regional como para as metas climáticas globais.

A Amazônia é estratégica para o desenvolvimento sustentável global, e sua rica biodiversidade representa uma das maiores oportunidades para promover um modelo de crescimento econômico baseado na inclusão social, na conservação ambiental e no respeito às comunidades locais — destaca Jorge Viana, Presidente da ApexBrasil.

A bioeconomia amazônica, ancorada no conhecimento tradicional e nos recursos naturais da floresta, tem dado origem a iniciativas concretas que geram rendimento, sustentam a floresta e demonstram grande potencial. Pequenos e médios empreendimentos têm mostrado que é possível aliar conservação e prosperidade, especialmente quando contam com o apoio de parcerias internacionais e de investimentos com impacto positivo.

Para a Associação dos Negócios de Sócio-bioeconomia da Amazônia – ASSOBIO, a Amazônia é o terreno mais fértil, em todos os sentidos, para a consolidação da bioeconomia no Brasil. A região abriga entre 100 e 120 cadeias produtivas distintas, com matérias-primas únicas, tradições milenares e uma capacidade de inovação que brota das comunidades.

A vice-presidente da ASSOBIO, Pricila Almeida, destaca a importância dos negócios relacionados à bioeconomia da Amazônia como fonte de renda para quem vive na região. “Todos os 75 empreendimentos conectados à ASSOBIO foram responsáveis pela geração de mais de R$ 10 milhões em renda por ano, criaram mais de 600 empregos diretos na região e impactaram positivamente a vida de cerca de 87 mil pessoas. A associação vê no setor um potencial estratégico para a geração de renda, inclusão produtiva e inovação em larga escala. O crescimento acelerado é um indicativo do dinamismo do setor: em pouco mais de um ano, o número de associados triplicou, com expectativa de alcançar 100 negócios ainda em 2025”, afirma Pricila.

“Para a ASSOBIO, o lucro não é um fim, mas um meio de regenerar a floresta, empoderar comunidades e sustentar marcas com propósito, promovendo desenvolvimento econômico real para quem produz na Amazônia. Nós, da ASSOBIO, defendemos, com firmeza, o oposto da comoditização e da exploração

predatória: acreditamos que a floresta em pé, com conhecimento, inovação e valor agregado, vale muito mais, econômica, social e ambientalmente, do que qualquer modelo baseado na degradação”, enfatiza a vice-presidente da ASSOBIO.

Levar a temática da Amazônia ao centro do debate europeu tem como objetivo atrair investimentos estratégicos — privados e filantrópicos — que possibilitem estruturar e escalar a biossocioeconomia da floresta. Promover o acesso ao mercado europeu é essencial para fortalecer cadeias de valor sustentáveis, superar barreiras comerciais, atender a exigências regulatórias e melhorar a logística de produtos amazônicos.

“Além do seu papel climático, da sua biodiversidade e da sua beleza, a Amazônia brasileira guarda milhares de negócios modernos e exportadores. A bioeconomia amazônica - desde o extrativista de castanha morando na floresta até os produtores de frutas amazônicas liofilizadas - oferece ao mundo produtos saudáveis, de alta qualidade e competitivos. E, simultaneamente, esses empreendimentos colaboram para a preservação da floresta e para o desenvolvimento social das pessoas que nela vivem”, destaca Pedro Netto, Representante do Escritório da ApexBrasil para a Região Norte. “A ApexBrasil tem buscado trazer cada vez mais oportunidades do mercado global para essas empresas, e é muito gratificante divulgar histórias de empreendedores que geram impactos positivos para a floresta e para o mundo”, complementa.

Neste ano, a Semana da Amazônia presta também uma homenagem ao fotógrafo Sebastião Salgado, cuja obra retrata com sensibilidade e profundidade a vida e a natureza da Amazônia.

Além das autoridades que estarão presentes, o evento irá reunir representantes da sociedade civil, academia, setor público e privado. Algumas das instituições que estarão presentes incluem: Imaflora, ICMBio, Amazônia 2030, APEXBrasil, ASSOBIO, Sociobiohub e Wallonie-Bruxelles International.

 

Tema: Não se aplica
Mercado: Não se aplica
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Outros
Erro: